terça-feira, 17 de agosto de 2010

ECONOMIST.COM: Economia da China ultrapassa a do Japão em termos reais - "China e Índia foram as maiores economias do mundo por quase todos os últimos 2.000 anos" !!! - Angus Maddison

Figura 1: A História do PIB Mundial 




























Minha opinião é que a análise dos fatores abaixo contribui para solucionar o mistério proposto no final do artigo do The Economist:

·         Por que elas (China e Índia) recuaram tanto deve ser mais misterioso do que porque estão florescendo atualmente.

É interessante observar onde estão certos eventos históricos na figura acima:

·         A “Derrota da Dinastia da Marinha” e a destruição dos estaleiros chineses, pelos vencedores da guerra interna pelo trono. Estes navios chineses permitiam expedições marítimas no Oceano Indico com MILHARES de soldados chineses “apoiando” a “abertura dos portos” para os seus comerciantes.  (Lembro-me de ter visto uma imagem comparando um navio chinês com as caravelas dos portugueses / espanhóis das Grandes Navegações, ocorridas muitos anos depois – parece-me que seria como comparar um transatlântico (navio chinês) com uma pequena lancha (caravelas).  Se não tivesse havido esta reviravolta política que destruiu a capacidade marítima da China, talvez a língua comercial teria sido, sempre, o Mandarim e não o Inglês / Espanhol.

·         As Grandes Navegações fonte dos Impérios: português, espanhol, holandês, inglês, austro-húngaro (Mercantilismo / Colonialismo)

·         Independência dos Estados Unidos

·         Revolução Francesa

·         Revolução Industrial  (industrialização do Primeiro Mundo – Capitalismo Liberal (ou Utopia Burguesa – Adam Smith, Ricardo, Max Weber))

·         Revoluções Comunistas (Industrialização do Segundo Mundo ( Capitalismo de Estado - exemplos: Rússia, China - (Utopia Comunista substitui a Utopia Burguesa que não cativava mais ninguém. Vide os romances de Charles Dickens sobre as condições miseráveis dos operários ingleses, expulsos dos campos para abastecer as indústrias nascentes – Londres, Manchester -  carentes de mão-de-obra)).

·         Primeira Guerra Mundial  (queda de muitas Potências Coloniais)

·         Segunda Guerra Mundial (fim do Império Britânico, ascensão dos Estados Unidos e União Soviética - Guerra Fria e Corrida Espacial)

·         “Milagres Econômicos” Alemão e Japonês  (Plano Marshall financiando a reconstrução da Ásia e da Europa – financiamento Norte-Americano para consumo de Produtos e Serviços dos EUA. E seus análogos, mais pobres, do lado de lá das Cortinas de Bambu (China) e de Ferro (URSS))

·         Primeiro Choque do Petróleo – o combustível do mundo deixando de ser “grátis”

·         Segundo Choque do Petróleo - o combustível do mundo torna-se muito caro - sua produção exige vultosos orçamentos militares para proteger as reservas, localizados em áreas com populações pouco amistosas para com o Ocidente (alguns exemplos: Arábia Saudita, Irã (Xá), Iraque, Venezuela)  (Parece que, em relação ao Petróleo, o Deus de Maomé é mais generoso que o de Moisés -  rs rs rs rs  J )

·         Queda do Muro de Berlim – Capitalismo de Estado, com Planejamento Centralizado, não consegue acompanhar as evoluções tecnológicas e sociais.

·         China flexibiliza Planejamento da Economia, buscando preservar Centralismo Político – “Não importa a cor do gato (se é vermelho ou não), desde que consiga caçar o rato”. Terá mais competência / sorte que a URSS? As tensões ambientais (saúde) e sociais (distribuição das benesses do “milagre econômico”) estão crescendo.

 “Milagre Econômico” – a realocação dos Investimentos Financeiros para regiões com menores restrições à produção do Lucro Máximo (Alguns fatores que contribuem: Fragilidade Sindical, Subsídios Tributários (Guerra Fiscal), Menor Regulamentação Ambiental / Social / Trabalhista)

Será que nós, a Sociedade Brasileira, podemos aprender algo de útil com esta reflexão?

Um abraço.

Claudio

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De: Claudio Estevam Prospero
Assunto: ECONOMIST.COM: Economia da China ultrapassa a do Japão em termos reais - "China e Índia foram as maiores economias do mundo por quase todos os últimos 2.000 anos" !!! - Angus Maddison

Economia da China
Alô América
Economia da China ultrapassa a do Japão em termos reais – 16/08/2010

CHINA tornou-se a segunda maior economia do mundo de acordo com dados divulgados nesta Segunda-Feira, 16 de Agosto.

A economia do Japão recuou para trás da chinesa no ranking de mercado de capitais, no segundo trimestre (vinha sendo a número três em termos de PIB por algum tempo).

Estes números não são exatamente comparáveis: os dados do Japão foram ajustados sazonalmente enquanto os dados da China não o foram.

Por outro lado, o Japão, provavelmente, será eclipsado logo, se já não o foi.

Dados compilados por Angus Maddison (ver figura anexa), um economista que faleceu no início deste ano, sugerem que China e Índia foram as maiores economias do mundo por quase todos os últimos 2.000 anos.

Por que elas recuaram tanto deve ser mais misterioso do que porque estão florescendo atualmente.

O texto acima é uma tradução de:


China's economy
Hello America
China's economy overtakes Japan's in real terms Aug 16th 2010

CHINA has become the world's second biggest economy according to data released on Monday August 16th. Japan's economy fell behind China's at market exchange rates in the second quarter (it has been number three in PPP terms for some time). These numbers are not strictly comparable: Japan's data have been seasonally adjusted while those for China have not. Quibbles aside, Japan will surely be eclipsed soon, if it has not been already. Data compiled by Angus Maddison, an economist who died earlier this year, suggest that China and India were the biggest economies in the world for almost all of the past 2000 years. Why they fell so far behind may be more of a mystery than why they are currently flourishing.






China torna-se a segunda maior economia do mundo

Programa também discute como a avanço da China afeta o Brasil.

Os epecialistas convidados Rubens Barbosa, Ricardo Martins, Antônio Corrêa de Lacerda analisam o avanço da China, que conseguiu ultrapassar o Japão e tornou-se a segunda maior economia mundial.

Segundo o ecomista Antônio Corrêa de Lacerda, o Brasil posiciona-se de forma dúbia diante da China, que promete dividir com os Estados Unidos o poder de influência na política internacional. Situação cambial brasileira será desafio para próximo governo.
Assista em:

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