domingo, 18 de julho de 2010

O poeta Vinícius de Moraes mudou o conteúdo e a forma da música brasileira. Em 9 de julho de 1980 morria Vinícius de Moraes. Sérgio Cabral e José Castello conversam com o repórter Edney Silvestre. Sarau especial


Histórias de Vinícius de Moraes: poeta pediu 

Sérgio Cabral em casamento

O poeta Vinícius de Moraes mudou o conteúdo e a forma da música 
brasileira.
Em 9 de julho de 1980 morria Vinícius de Moraes. Sérgio Cabral e José Castello conversam com o repórter Edney Silvestre.

Uma das histórias revela o dia em que Vinícius de Moraes pediu Sérgio Cabral em casamento. 
Os amigos contam como o poeta era bem humorado, mas também tinha fases de depressão profunda

Obra de Vinicius de Moraes é


disponibilizada na internet

A família do poeta autorizou a divulgação de seus livros pelo site da Biblioteca Brasiliana da USP. As obras foram doadas pelo colecionador José Mindlin, que morreu dois meses atrás.



A obra do poeta brasileiro que fez sucesso também na música popular vai encontrar  leitores novos por um caminho novo. Quem conta é o repórter Alan Severiano.Sai da frente que o passado voltou. Foi num ônibus que o poeta modernista Mário de Andrade montou uma biblioteca itinerante nos anos 30.Nesta segunda-feira, no Centro de são Paulo, o ônibus tinha outra missão nobre: divulgar que a partir de agora, 15 livros de poesia de Vinicius de Moraes podem ser lidos de graça pelo computador.

Entre o ônibus de Mário de Andrade e a publicação das obras de Vinicius na internet se passaram 80 anos. Mas o espírito da iniciativa continua o mesmo: atrair novos leitores para o que a cultura brasileira tem de melhor.Autor de ‘Garota de Ipanema’ e outros sucessos da bossa nova, Vinicius também foi um dos maiores poetas do país.

Num livro digital, Miguel, que só conhecia as músicas, foi apresentado aos poemas. "Desperta tudo na gente. Amor, sentimento, bem estar até, não é verdade?”.Romântico declarado, Carlos se identificou com o ‘Soneto da Fidelidade’, um dos mais famosos do poeta. "’Que não seja imortal posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure’. Esse é um dos que eu mais acho bonito”.

Clássicos como ‘Poemas, sonetos e baladas’, foram doados à Biblioteca Brasiliana da USPpelo colecionador José Mindlin, que morreu dois meses atrás.

Por lei, só em 2040 o acervo será de domínio público. Mas a família do poeta autorizou a divulgação dos livros pela internet agora, quando são celebrados 30 anos da morte de Vinicius.

“A gente precisa fazer esse patrimônio chegar a todo mundo”.

Antiga admiradora, Julia dá razão ao poeta num dos versos mais polêmicos. “As feias que me desculpem, mas a beleza é fundamental”.

TODA A POESIA DE VINICIUS DE MORAES

Vinicius de Moraes (Rio de Janeiro, 1913-1980) é nome dos mais significativos na vida cultural brasileira do século XX. Além de poeta, bem acolhido pela crítica do tempo e festejado como poucos pelo público leitor, foi autor de teatro, com destaque para Orfeu da conceição (1956), e crítico de cinema e cronista de colaboração regular na grande imprensa do país. Com o advento da Bossa Nova, na segunda metade da década de 1950, intensificou sua atuação como compositor e letrista, tornando-se uma das figuras centrais da música popular brasileira.
Manuel Bandeira, apreciando Cinco elegias (1943), foi lapidar a respeito do autor: “Porque ele tem o fôlego dos românticos, a espiritualidade dos simbolistas, a perícia dos parnasianos (sem refugar, como estes, as sutilezas barrocas), e finalmente, homem bem do seu tempo, a liberdade, a licença, o esplêndido cinismo dos modernos.” Já na “Advertência” que abre sua Antologia poética (1954), Vinicius propunha a existência de duas fases na sua poesia: uma primeira, “transcendental, frequentemente mística, resultante de sua fase cristã”; e uma seguinte, “de aproximação do mundo material, com a difícil mas consistente repulsa ao idealismo dos primeiros anos”. De uma forma ou de outra, essas duas considerações ainda hoje conformam boa parte dos juízos da crítica a respeito dos desenvolvimentos de sua obra.
Vinicius de Moraes estréia na literatura com O caminho para a distância, em 1933, sob o influxo do catolicismo militante de Jackson de Figueiredo, Tristão de Athayde e Octavio de Faria. Predominam os poemas em versos longos e livres, à maneira de versículos bíblicos, de tom elevado e solene, às voltas com os temas do espiritualismo cristão caro àqueles escritores. Trata-se de uma poesia tributária da herança simbolista, programaticamente distante do humor e da irreverência do Modernismo de 1922. Os livros seguintes, Forma e exegese (1935) eAriana, a mulher (1936), seguem, em linhas gerais, o mesmo caminho.
Uma transformação evidente se processa a partir de Novos poemas(1938) e se consolida com Poemas, sonetos e baladas (1946),Antologia poética (1954) e Novos poemas II (1959). A poesia torna-se formalmente multifacetada, com textos em versos livres e outros com base em metros e formas da tradição (como o decassílabo e a redondilha, a balada e o soneto). Ao mesmo tempo em que maneja os recursos expressivos da poesia moderna, torna-se um renovador dos antigos modos de poetar. Em Livro de sonetos (1957), reúne o que de melhor produziu dentro dessa forma, da qual se tornou um dos principais cultores em língua portuguesa no século XX. Na poesia madura de Vinicius de Moraes, o tom elevado dos primeiros livros convive com uma linguagem mais despojada e coloquial, que soube aprender as lições de Bandeira, Mário de Andrade e Drummond. São desses anos alguns de seus poemas mais conhecidos, como “Soneto de Fidelidade”, “Balada do Mangue”, “O Dia da Criação”, “Soneto de Separação”, “Pátria Minha”, “Poética”, “Receita de Mulher” e “O Operário em Construção”.
A partir de meados dos anos 50, a poesia passa a dividir com a música popular as energias criativas do autor. Na literatura, publica Para viver um grande amor (1962), que reúne crônicas e poemas; Para uma menina com uma flor (1966), com crônicas; A arca de Noé (1970), com poemas voltados ao público infantil; e outros volumes de poesia, em edições de pequena tiragem e mais restrita circulação, como História natural de Pablo Neruda (1974), A casa (1975) e Um signo, uma mulher(1975). Na música, paralelamente, Vinicius de Moraes projeta-se como o grande letrista da Bossa Nova e nome referencial da MPB dos anos 60 e 70, fazendo a ponte entre a poesia do livro e a letra de canção. A partir de Vinicius, compositores mais jovens, como Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Gilberto Gil, por exemplo, adentram o campo literário e passam a ser percebidos como “poetas” pelas novas gerações. A música popular atinge um estatuto de igualdade em relação à produção cultural mais crítica e criativa do país, num reconhecimento que chega ao meio acadêmico. A partir de Vinicius, e assim como ele, outros poetas vão transitar com desenvoltura entre o poema e a letra de música, como Torquato Neto, Cacaso, Wally Salomão, Paulo Leminski, Alice Ruiz, Antonio Cicero e Arnaldo Antunes, numa tendência viva até os dias de hoje.
Marcelo Sandmannm é professor adjunto do Departamento de Linguística, Letras Clássicas e Vernáculas da UFPR
Vinicius

Um filme de Miguel Faria Jr.

http://www.viniciusdemoraes.com.br/dvd/index.php

A montagem de um show é o ponto de partida para a reconstituição de uma trajetória sem paralelos no cenário cultural do país.


A vida, os amigos, os amores de Vinicius de Moraes, autor de mais de 400 poesias e cerca de 400 letras de música. A essência criativa do artista e filósofo do cotidiano e as transformações do Rio de Janeiro através de raras imagens de arquivo, entrevistas e interpretação de muitos de seus clássicos. 



Participação especial de Caetano Veloso, Carlos Lyra, Chico Buarque, Ferreira Gullar, Edu Lobo, Francis Hime, Gilberto Gil, Miúcha, Maria Bethânia, Tonia Carrero, Toquinho, Renato Braz, Yamandú Costa, Adriana Calcanhoto, Olívia Byington, Mônica Salmaso, Mariana de Moraes, Sérgio Cassiano, Zeca Pagodinho, MS Bom, Nego Jeil, Lerov, Mart Nália.


 Veja aqui:
 Trailer do filme
 Depoimentos dos realizadores
 Chico Buarque e Caetano Veloso
+ do Poetinha (no sentido fraternal e não depreciativo):


Vinícius de Moraes

Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, ou Vinicius de Moraes, (1913 - 1980) foi um diplomata, jornalista, poeta e compositor brasileiro.
1 - 25 do total de 287 pensamentos de Vinícius de Moraes











Poemas Vinícius de Moraes
Encontrados 477 frases e pensamentos: moraes poemas vinícius
Pela luz dos olhos teus

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.
Vinícius de Moraes




























Vinicius de Moraes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Vinicius.jpg

Vinicius de Moraes

Vinícius de Moraes, em foto tirada em 1970
Informação geral
ApelidoPoetinha
Data de nascimento19 de outubro de 1913
OrigemRio de JaneiroRJ
País Brasil
Data de morte9 de julho de 1980 (66 anos)
Rio de Janeiro
GênerosMPBbossa novasamba
AfiliaçõesCarlos LyraTom Jobim,Toquinho

Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos

Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido 
por  ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.
Vinicius de Moraes [1][2] (Rio de Janeiro19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro9 de julho 
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o 
poetinha teve como principais parceiros Tom JobimToquinhoBaden PowellJoão Gilberto

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Vinicius de Moraes - Letras de músicas, cifras, vídeos e traduções

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